EGITO - CRÔNICA DE UMA REVOLUÇÃO EM CURSO
A onda de revoltas que tomariam de assalto o mundo árabe, da Tunísia ao Egito, à Líbia, ao Iêmen, ao Bahrein, à Síria e além, tem causas comuns aos vários processos revoltosos e semelhanças entre eles. Porém, cada revolta seguiu um curso próprio e vai chegando a resultados diversos. Dentre as causas comuns, há aquelas que se repetiam no seio de cada sociedade, de cada país, e há aquelas que acometiam – e o seguem fazendo – o conjunto dos povos árabes como um coletivo, e não mais como Estados ou sociedades singulares. Os males internos, encontráveis em praticamente todos os países árabes, constituem uma lista razoavelmente conhecida: centralização do poder e autoritarismo policialesco, corrupção, pobreza e desigualdade social, desemprego, déficit democrático. Suficiente material para revoltas. O risco maior: o de que grupos radicais mais violentos, já em ação no Iraque, na Síria e em tantos outros lugares, transformem o Egito em mais um campo de batalha e, talvez, de guerra civil.
14/09/2013